quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pratos Limpos...

Algumas pessoas interpretaram mal o fakto de o nome do Kleva ter entrado na konversa k tive kom o EDU ZP... deixa xplikar algo... Kuando eu perguntei "onde xta o Kleva??" me referia a konfianca k ele me transmitiu (tanto a mim komo ao Kennedy da Cerebro records...meus hommies)... digo isso pk xtamos cientes k kualker grande produtora xtaria interessada em produzir o cd do Kool... mas ele akreditou na Black Ink e temos hj um kontrakto serio... so p elucidar o k vos kero dizer aki vai uma entrevista k roubei do blog de um outro elemento da Black Ink (Edvaldo dos Santos)... holla
Kool Kleva (entrevista no www.hiphopangolano.blogspot.com)


1-Porquê a demora para o lançamento do álbum?

Bom, a demora deve-se ao facto de eu não estar trabalhar sozinho, estou também a depender de algumas pessoas. Eu trabalhei no álbum com os meus parceiros, a Cérebro Records e a Black Ink até a mistura e masterização do álbum, depois disso tive algumas dificuldades financeiras porque queria ser eu a editar e a distribuir o álbum e fiz um contrato com a LS Produções de edição e distribuição que já dura cerca de três meses que era altura em que o álbum devia ter saído. Então não cabe a mi dizer concretamente o que é que se passa, sei apenas que se trata de uma questão de prioridades da LS. Mas dentro de duas semanas ou menos o álbum estará em Angola e marcaremos então a data mais breve possível para a venda.


2-De que label és e por onde saíra o álbum?

O álbum saíra com três selos que são a Black Ink, a Cérebro e Grupo K que é uma empresa minha e do meu sócio Calebe. O Grupo K é a responsável por todos os aspectos financeiros do álbum, a Black Ink e a Cérebro foram o suporte de gravação. Eu comecei a gravar na Black Ink, que é na Cuca, e eu vivo no Kassequel, era um muito complicado para mi e depois sem transporte…fruto disso começou a minha parceria com o Kennedy (Cérebro), conversei com o CMC (Black Ink) e a concordamos que para a dinâmica do trabalho era melhor fazer as coisas na Cérebro que é no Cassenda e muito mais próximo da minha casa. Com o tempo de trabalho, surgiu uma química muito grande entre mi e o Kennedy e consequentemente a ideia de ser ele o supervisor musical do meu álbum, coisa que o CMC já estava a fazer. Como artista eu sou da Cérebro mas sem deixar de fazer parte da Black Ink, até porque nós temos mesmo um contrato ou seja em termos físicos e para o bem do meu trabalho estou ligado a Cérebro como produtora e gravadora constituída por um conjunto de artistas que pensam da mesma forma enquanto com a Black Ink tenho uma ligação contratual mas também neste momento a Black Ink está em reestruturação e há neste momento muito trabalhos para como o álbum do Yuno que estava a ser preparado.


3-Fale-nos das participações no teu álbum.

Em termos de produção tem o CMC (3), Dji Tafinha (2), Mad Contrario (2), Keneddy (4) e o Boni (2) mas devia ter mais. O termos vocais participara no álbum o Dji Tafinha, CMC, Da Bullz, Kennedy, Mad Contrario, Edu ZP, Mc K, Leonardo Wawuti, Konde, Oliver, Flora Machado, Isaú e o Talento (Guitarras).


4-Apesar do álbum ainda não ter sido apresentado,sei que já está todo feito. Sente-se realizado com isso?

Super…é algo que eu já tinha projectado a muito tempo. Mas no princípio da minha carreira como artista, não era minha ambição gravar um álbum por causa das vicissitudes que tive com o meu grupo GC-Unit (Phater Mak, Gangsta Du e Prince Wadada). Essas vicissitudes foram com o mercado, nós como grupo, decidimos fazer musica só por fazer, como um hobby ou coisa do género e não para ser comercializada. Sinto-me realizado porque mesmo sem muita promoção o feedback das pessoas é muito grande, as musicas têm tocado muito e há uma enorme aceitação, por exemplo a musica “Verbalização” deixou-me surpreso, porque eu não sou e nem sou visto como um mc de batalha e o verbalização é daquelas raps que as pessoas chamam de skill, mas claro eu não consigo fazer musica sem deixar uma mensagem. A musica esta a ser muito bem recebida porque até é o que a nova geração gosta (musicas com muitas Punshs), mas eu quero fazer muito mais coisas, porque eu sou daqueles artistas que nunca esta satisfeito.


5-Com toda experiência que tens no rap nacional, tem algum momento marcante da tua carreira como artista que gostarias de referir.

Bem, houve uma altura que foi muito intensa para mi porque eu estava num bom momento como compositor e minha vida estava muito torta, o primeiro filho era um recém nascido e foi também a fase em que eu comecei a trabalhar com a Bruna Tatiana onde eu acho que escrevi as coisas mais profundas fora do rap onde me destaquei com a musica “Um sol pra cada dia” que foi para mi um momento muito grande que eu tive como compositor e como pessoa e, consegui sair daquela confusão que era a minha vida, desempregado e sem muitas perspectivas. Nesta altura eu acho que escrevi muito, quando ouvi a música feita, foi bom, depois de um trabalho onde era apenas eu, Paul G e a Bruna. Outro momento foi a participação que tive num espectáculo no Karl Marx com o grupo americano “The Lords of Underground”, onde me chamaram para um Freestyle e fiz totalmente em inglês e eles ficaram super loucos com a minha participação. Por ultimo a actividade no Espaço Baia do "Kool Klever e amigos", foi muuuiiitoooo fixe…consegui ver que sou um pouco mais querido do que eu pensava, e também sem duvidas o meu single pela Mad Tapes foi outro momento. A minha relação com a Mad Tapes continua e sem duvidas ainda vai sair algo pela Mad Tapes porque eu gostaria muito de voltar a trabalha com o Samurai.


6-Falaste em Paul G e Bruna…sei que és um dos mentores da Magic Fingers (actual produtora do Paul G).

Eu não sou um dos mentores da MF. A primeira versão do meu álbum estava a ser toda orquestrada pelo Paul G, ele criou a MF e convidou-me para fazer parte dela, mas quando eles (Paul G e a Bruna) foram para o E.U.A eu comecei a trabalhar com outras pessoas como o Laton, na altura até participei no álbum “Bobinagem” do Bob da Rage Sense. Há muitos artistas que não estão presentes no álbum já feito mas que fizeram parte do meu percurso. Agora voltando a pergunta…epá Magic Fingers for life, todo apoio que for preciso dar eu estou disponível e sei que também posso contar com a MF.


7-Como avalias a tua a performance como artista e quais as tuas principais inspirações?

Epá é complicado…mas é assim tudo que eu faço é muito bem recebido, as pessoas têm recebido muito bem e também tenho um certo cuidado em escrever as minhas musicas, a minha tendência é sempre para mensagens positivas. As minhas principais inspirações são a vida, o hip hop, a minha família e outras cenas que no resumindo fazem parte daquilo que penso e que faço.

8-Tens beef com algum rapper?

Hum nada, pelos menos não que eu me lembre… bom já me falaram mal, mas felizmente nunca tive um beef assim aberto com alguém. A minha missão é transformar todos meus inimigos em amigos. Pode haver uma ou outra pessoa que não gosta de mim, mas eu me considero uma espécie de Nelson Mandela do hip hop, só quero paz. Eu não gosto de ter problemas porque eu sou daquelas pessoas que sente muito as coisas e que qualquer problema que eu tenha fora do meu lar afecta o meu lar e minha convivência com os amigos. A música é algo que vem de dentro e as coisas que acontecem no hip hop e com as quais eu não concordo eu falo nas minhas musicas mas nunca citando nomes de grupos, pessoas ou títulos.

9-Underground e Comercial. Como definir?

Para começar eu me identifico muito com o underground. Essas palavras só existem porque não é suposto a arte ser definida pelo comércio, há sempre um grande problema em comercializar a arte porque quando se comercializa a arte de forma mais ou menos industrial, a arte é influenciada pelo comércio e partindo deste ponto vamos ter a noção de que: A arte influenciada pelo comercio é o comercial e a arte que mesmo vendendo não é influenciada pelo comercio é o underground. Porque é assim, existe uma maquina como as editoras, as produtoras, as rádios, os empresários e patrocinadores que de uma forma ou de outra tentam definir aquilo que certos artistas (de uma forma geral e não apenas no rap) devem fazer para que vendam mais facilmente, enquanto que há aqueles artistas que preferem vender o que fazem e não fazer o que vende. Se me perguntares a seguir de que lado estou, responderei dizendo que estou do lado daqueles artistas que vende o que faz e não faz o que vende.



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